Escrito por *Prof. Don Josinaldo (13/01/12)
Em Alagoas temos uma cultura de não homenagear os árbitros e os assistentes que deixaram de atuar como profissional, por questões de idade ou de situação física.
Uma despedida não pode só ficar na esfera extracampo, deve ir para esfera onde sempre atuou: o campo. E infelizmente isso não acontece no nosso estado. Um exemplo disso foi o assistente Fernando Maciel, e onde ele fez a sua despedida? Imagine, só é uma festa de fim de ano. Uma pessoa como ele jamais deveria receber uma simplória homenagem, ou seja, tão péssima que não deveria ter sido feita apenas ali. Encerrar a carreira deve ser em campo, e principalmente em um grande jogo.
Quando o árbitro alagoano Pedro Rufino Soares se despediu foi de grande estilo, a CBF o convocou para receber uma homenagem junto de outros árbitros a nível nacional, deram uma placa, mas sabe onde foi isso? No estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. E o jogo era da seleção brasileira. Isso sim foi uma grande homenagem.
Lamento aqui, tantos outros casos que não tivemos uma justa homenagem. Como José Elias Guedes de Gusmão, Ticiana de Lucena Falcão, Magno Tenório, José Jaime da Rocha Bispo, José Elias Filho, etc.
Até quando vamos mudar esta cultura tão mesquinha em Alagoas?
*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor, coordenador e professor.
Visite o blog: arbitragememfoco.blogspot.com
Amigo Josinaldo,
ResponderExcluirPrimeiro quero parabenizar-lhe pelo Blog, muito bem escrito. São estes tipos de textos que enriquecem a arbitragem alagoana, com discussões sadias, e acima de tudo respeitosas. Vi seu post no Blog Notícia na Mira, não conhecia este espaço. Concordo com quase tudo que disse, pois realmente, a melhor forma de homenagear os árbitros e assistentes em suas despedidas, com certeza deve ser dentro dos gramados, com um grande jogo, e de preferência finais de campeonato, essa é a melhor ação de reconhecimento por tudo que fizeram e se dedicaram nos anos que estiveram dentro da arbitragem, no entanto cabe aos que estão se despendido também procurar o melhor momento de parar, e em conjunto com os que administram acertarem tudo. Essa é a forma técnica e prática da homenagem, as das festas e eventos são homenagens administrativas, eu acho que elas não podem ser consideradas como péssimas, apenas como forma das entidades homenagearem também, que na sua e na minha ótica não é a melhor forma, mas como o SINDAFAL não escala, e de alguma forma ou de outra tem que homenagear, escolhemos as confraternizações para assim faze-lás com todos que estão se despedindo, nos jogos como aconteceu, fazemos entrega de placas ou faixas. E para ficar bem claro, não estou aqui querendo defender nem A nem B, pois quando acho que estão errados, eu sou o primeiro a argumentar e discutir, tendo em vista o cargo ao qual me prôpus a ocupar assim exigir. O último jogo profissional do nosso amigo MACIEL em 2011, foi a final da 2ª divisão Local, entre as equipes do CEO x Penedense, lá fizemos uma faixa de despedida, e o mesmo foi justamente homenageado e se despediu com uma grande atuação. E aqui em Alagoas você sabe, que os dois maiores eventos são a 1ª e a 2ª Divisão locais, uma acontece no 1º semestre e a outra no final do 2º semestre, como o nosso amigo não quis se despedir na 1ª, o mesmo foi muito bem recompesado na final da 2ª, sem contar, que o mesmo nem deveria ter participado da competição, pois foi reprovado nos testes físicos e teóricos, mas sabiamente, com uma ideia e cobrança vinda do Blog Notícia na Mira, solicitamos a CEAF/AL atráves de ofício, que os árbitros que estivessem a partir daquele momento jubilando nos 45 anos, como prêmio não participassem dos testes em seu último ano, pois já existia isso em outras federações, sendo aceito pela CEAF/AL, fazendo com que o nosso amigo pudesse voltar atuar, chegando até a final do campeonato. Quantos aos outros citados, lembro-me da despedida do Amigo Jaime Bispo, num grande jogo em Coritiba, considerado a final da série B, entre as equipes do Coritiba x Guaratinguetá, com estádio lotado e a do meu companheiro de turma José Elias Filho, que em seu último ano foi escolhido o melhor do ano e se despediu na semi-final da 2ª divisão, não indo para final, por não ter tido uma atuação muito boa neste jogo, mas isso faz parte, e aquela mesma afirmação que te fiz no começo, quem escolhe a melhor hora somos nós, não adianta ninguém querer escolher pela gente. A companheira Ticiana foi opção pessoal, pois com certeza se ela quisesse teria uma grande despedida prática. É isso amigo, espero ter colaborado, e a partir de agora estarei acompanhando seu espaço. Sucesso, e qualquer coisa estaremos a disposição junto com o SINDAFAL.
Forte abraço