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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Arbitragem de fora para o Campeonato Alagoano: abramos os olhos!

Escrito por *Josinaldo Oliveira (29/01/10)


Todos os anos ouvimos o dilema de dizer que a arbitragem alagoana sempre tem problemas. E os clubes são prejudicados com as atuações dos árbitros. A imprensa destaca que se deve abrir os olhos!

Se isso é a causa do problema já conseguir a solução: trazer arbitragem de fora. Por que não o campeonato virá praticamente nacional? Seria uma boa proposta. Viriam árbitros de todos os estados brasileiros com grande capacidade de arbitrar os jogos das equipes ricas e de nível técnico do nosso futebol.

Já temos uma mega estrutura profissional, com estádios que dão conforto ao torcedor, a imprensa, aos árbitros, aos jogadores, aos treinadores e até os policiais. Que maravilha, somos capazes de desenvolver e promover o nosso esporte preferido e apaixonado.

Adianta os árbitros de Alagoas fazerem pré-temporada, termos uma comissão de arbitragem séria, a federação investir para que a cada ano tenha um desempenho satisfatório da arbitragem. Claro, é perder tempo e dinheiro!

Nós somos tão profissionais que já descobriram a solução para acabar de vez o problema do futebol alagoano. É trazer arbitragem de fora! Isso é um fato. Contra fatos não há argumentos.

Somos capazes de dizer que ser alagoano é não ter valor algum, principalmente, ser árbitro de futebol. Só os outros estados da nação têm árbitros que não erram e fazem jus a sua profissão.

Abramos os olhos para essa situação. Será que os nossos clubes fazem a sua parte como profissionais? São realmente técnicos ao contratar os jogadores? Administram bem as suas finanças? Claro que não. São péssimos administradores, conduzem mal as suas finanças e destroem o que é de bom de cada clube. Não existem bases de jogadores, não conhecem de regulamento algum, desrespeitam os seus torcedores e até sujam imagem do nosso futebol.

Pensar que trazer árbitros de fora vai resolver o nosso problema é uma grande mentira! Veja no campeonato brasileiro, quantas vezes árbitros de outros estados prejudicaram as nossas equipes? Várias. Mas não arbitragem de fora não erra? Os erros aconteceram e prejudicaram sim os nossos clubes.

Fico imaginando como vivemos reclamando de um problema e não pedimos que seja resolvido a situação. É preciso que tenhamos a consciência de compreender que quando um árbitro erra deve melhorar a sua postura e na próxima vez que atuar não errar mais aquele tipo de lance que errou no passado.

Abramos os olhos para dizer que nós alagoanos somos capazes de fazer algo melhor do que os outros estados do Brasil, e não somos incompetentes, estamos ainda, melhorando a nossa formação e desenvolvendo meios para minimizar erros que porventura venham acontecer. Só seremos fortes quando valorarmos aqui o que temos de material humano, sem este material fica difícil ver o nosso campeonato ser realmente de alto nível.

E mais: quando alguém de pensamento velho falar que devemos abrir os olhos para a arbitragem é porque ele se esqueceu de atualizar-se com as novas tendências de melhorar o nível de decisão correta dos fatos. O futebol não se resolve do dia para a noite, só resolve com muita ação, dedicação, compromisso e trabalho para resolver o problema. Viva ainda o pensamento ultrapassado do nosso futebol!


*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor e professor.


arbitragememfoco@gmail.com

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dois lances inusitados na arbitragem desta semana

Dois lances inusitados na arbitragem desta semana




Escrito por *Josinaldo Oliveira (22/01/10)





Esta semana aconteceram de cara dois lances polêmicos na arbitragem de campeonatos estaduais. Um em São Paulo e o outro em Alagoas.

No jogo pelo campeonato paulista entre Grêmio Barueri e Palmeiras houve um erro gravíssimo. Aconteceu no segundo gol marcado pelo Grêmio Barueri, o atacante Tadeu cobrou um pênalti na trave e, no rebote, a bola voltou para um jogador dos donos da casa, que tocou para Tadeu completar para o gol. Apesar de o autor do gol estar em posição ilegal, o lance foi validado pelo árbitro Paulo César de Oliveira, árbitro FIFA, já que o assistente estava na linha de meta, ou seja, conhecida linha de fundo.

O fato foi que o árbitro é de um nível alto e com uma boa preparação técnica e psicológica. Porém não se deu conta de observar o lance de acordo com a regra de futebol, prejudicando o Palmeiras. Por causa disso, foi suspenso por cinco rodadas. E se fosse de Alagoas? O que estariam dizendo por aí? Estariam afirmando que os árbitros do nosso estado são incompetentes e por isso não sabem de nada.

Já aqui em Alagoas, pelo campeonato estadual, na quarta-feira, em Palmeiras dos Índios, entre ASA e CSE ocorreu um fato não comum no futebol, mas capaz de se fazer refletir até um narrador de futebol experiente. O árbitro Francisco Carlos na sua visão viu o jogador do ASA fazer uma falta no jogador do CSE dentro da área penal e marcou pênalti. Logo após a marcação o árbitro assistente Fernando Maciel chamou-o e informou-o que o atleta do alvinegro arapiraquense tinha tocado a bola e não o adversário.

Depois do que foi relatado o árbitro retificou o seu erro de visão, anulou o cartão amarelo do jogador que supostamente fora o faltoso e marcou um tiro de canto, ou seja, um escanteio. Houve vários protestos dos atletas do CSE, no entanto, não houve jeito.

Comparando os dois fatos é que o primeiro foi um erro grotesco e infeliz do árbitro Paulo César de Oliveira, gabaritado e bem rodado no futebol nacional e internacional, deu um vexame ao resolver a situação. Já o caso do árbitro Francisco Carlos houve um erro a princípio de visão, mas foi salvo pelo árbitro assistente que detinha uma visão mais privilegiada.

Isso mostra que os árbitros alagoanos estão chegando ao alto nível de excelência analisando um lance e ao mesmo tempo retificando o seu erro a tempo.

Parabéns ao assistente e ao árbitro pela grandeza e dignidade de fazer o que é correto de acordo com as regras de futebol e de acordo com a pré-temporada. Felicitações ao presidente da CEAF Hércules Martins e também Alton Olímpio pelo trabalho de melhorar a nossa arbitragem.

Da próxima vez que esses lances acontecerem não é só os árbitros alagoanos que erram, mas também até de estados importantes erram e erram feio!



*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor e professor.



arbitragememfoco@gmail.com

Erro contra o Palmeiras rende gancho de cinco rodadas a Paulo César de Oliveira

O árbitro Paulo César de Oliveira foi suspenso nesta sexta-feira por cinco rodadas. A punição dada pela Federação Paulista de Futebol aconteceu após o juiz errar um lance na partida entre Grêmio Barueri e Palmeiras, realizada na última quinta-feira, em Presidente Prudente.


Além de punir Paulo César de Oliveira, a FPF também decidiu que o auxiliar Alberto Poletto Masseira ficará suspenso por três rodadas. Assim como acontece com o árbitro, o gancho ao assistente vale para jogos da Série A1 do Campeonato Paulista.

A punição para a dupla ocorreu após um erro na partida da última quinta-feira. No segundo gol marcado pelo Grêmio Barueri, marcado aos 14min do segundo tempo, o atacante Tadeu cobrou um pênalti na trave e, no rebote, a bola voltou para um jogador dos donos da casa, que tocou para Tadeu completar para as redes. Apesar de o autor do gol estar em posição ilegal, o lance foi validado pelo árbitro e pelo assistente, que estavam próximos à jogada.

Apesar do erro, o Palmeiras conseguiu o empate por 2 a 2 contra o Grêmio Barueri. O resultado, no entanto, não impediu que o elenco alviverde reclamasse muito da arbitragem. Logo após o fim do jogo, o técnico Muricy Ramalho se dirigiu a Paulo César de Oliveira para contestar o segundo gol marcado pelo rival.

N esta sexta-feira, durante a apresentação do volante Edinho, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo aumentou o coro de insatisfação com o erro da arbitragem na partida da última quinta-feira.

“No caso do Paulo César houve uma incidência de erros. Não acho que seja desonestidade, mas são muitos erros. Pênalti a favor do Palmeiras, por exemplo, ele não marca, é incrível. Quando acontece a jogada [a favor do Palmeiras], eu já fico parado, pois sei que ele não irá marcar nada”, lamentou o presidente palmeirense.

Do UOL Esporte


Em São Paulo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A arbitragem de Alagoas começa bem

Escrito por *Josinaldo Oliveira (17/01/10)



Nossa arbitragem alagoana começa bem, ou melhor, muito bem para este início de campeonato. Todos os jogos foram decisivos para cada equipe, porque começar bem é de suma importância.

Cada arbitragem soube desenvolver bem a partida, aplicando as regras de futebol, punindo quando deveria punir, confirmaram os gols quando eram legais.

Toda essa alegria no início se deve a um trabalho que fora iniciado em 2008 pela Comissão de Arbitragem de Alagoas, sob o comando de Hércules Martins e Alton Olímpio, que buscaram mudar a mentalidade da arbitragem, dando uma nova roupagem para os árbitros, e concluindo o trabalho com a pré-temporada 2010.

É visível que uma boa arbitragem traga para o seu campeonato uma boa qualidade e bom desempenho para o futebol. Quem ganha são todos nós: imprensa, equipes, federação, árbitros, observadores, comentaristas, torcedores e até o comércio que vende seus produtos através do esporte.

No entanto, não podemos acomodar muito, é preciso ficar atentos para as próximas rodadas, porque um erro pode começar a estragar um trabalho que fora desenvolvido para que o resultado não fosse ruim.

Temos que melhorar alguns aspectos técnicos, que ainda não influenciaram nos jogos, mas que podem trazer sérios problemas aos árbitros e árbitros assistentes. Isso fica para depois.

Afinal, como é bom termos um excelente começo de ano e de campeonato sem problemas, é por isso que defendo que devemos valorar a nossa arbitragem alagoana. Não queremos ser chamados de burro a vida inteira, nós somos inteligentes e capazes de fazer o melhor, sempre o melhor!







*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor e professor.



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A importância de uma pré-temporada na arbitragem

Escrito por *Josinaldo Oliveira (17/01/10)



A arbitragem só vai bem quando se faz uma boa preparação antecipada dos principais eventos futebolísticos. Vejamos como exemplo a própria FIFA, cada vez que está na iminência de uma Copa do Mundo sempre prepara seus árbitros para a competição.

Não é diferente para qualquer lugar que se preze. É necessário ter um excelente treinamento para minimizar os lances que possam prejudicar o bom andamento do futebol, como também crucificar os árbitros.

Estado ou nação que se quer chegar ao patamar de excelência deve em primeiro lugar pensar em estar entre os melhores do mundo, trabalhando exaustivamente até se aproximar a este nível.

Não é de boa índole se preparar e depois não praticar o que foi treinado. Vimos casos que muitos árbitros passaram pela pré-temporada de boa qualidade e depois fazer desastrosos jogos, principalmente, de situações já mostradas e alertadas antes.

Por que ainda há erros graves? Há ainda falta de responsabilidade dos árbitros e árbitros assistentes. Quando uma comissão de arbitragem de um estado ou país quer desenvolver e melhorar o nível dos comandados e com muito custo realiza uma pré-temporada é porque quer que seus árbitros não errem por qualquer besteira.

Imagine uma situação demonstrada nessa pré-temporada e analisada com os mínimos detalhes, e logo em seguida todos os árbitros dizem ter compreendido e assimilado a maneira que deve resolver o problema. No campeonato, os que disseram que tinham entendido agora fazem o que não deveriam fazer, e cometem os erros já alertados, principalmente, graves e grotescos para um experiente profissional.

É de fato uma situação cômica e ao mesmo tempo séria, porque arbitrar jogos não é fácil e mais ainda quando se têm observadores e especialistas do ramo analisando cada detalhe daqueles que passaram por essa preparação.

E até quando os árbitros e árbitros assistentes vão compreender que devem a cada partida melhorar o seu desempenho e, realmente, fazer o que foi solicitado?

Até que tenham consciência de seu papel de ser imparcial e com bom-senso agir como manda as regras do nosso futebol, e também sem fazer média para ser muito bonzinho.

Valeu aos estados e países pela pré-temporada, não é mais cabível termos árbitros que pensem como amadores, aliás até os amadores pensam como profissionais, e sim realmente profissionais de verdade.





*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor e professor.



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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O campeonato só é bom quando a arbitragem vai bem

Escrito por *Josinaldo Oliveira (03/01/10)



Todo campeonato que se preze precisa de um bom andamento. Cada contexto é necessário analisar com muito cuidado e atenção, principalmente, uma coisa chamada dignidade recíproca.

Este ano vai iniciar um campeonato cheio de perspectivas para todos os clubes que disputam o certame. E até quando será de bom grado? Até que nós que fazemos parte possamos compreender que só é possível um campeonato excelente quando a nossa arbitragem vai bem. Isso mesmo!

Qualquer evento futebolístico ou esportivo deve em primeiro lugar primar por uma arbitragem local que seja de excelência. Quando isso acontece teremos o que analisar de boa desenvoltura.

A arbitragem de casa faz milagre sim, só será preciso incentivar e apoiar aqueles que dirigem as partidas e que zelem por uma conduta correta e de acordo com as regras de futebol.

Já os clubes devem observar que será necessário o mister de planejar-se para não cair na famosa desgraça da incompetência de conduzir as estratégias de ser um time apenas de mera participação.

Os árbitros são os que vão começar um campeonato cheio de estrelas e terão muitas dificuldades para conquistar o respeito e confiança principalmente dos torcedores. E dos clubes? Sempre foram vistos como vilões.

Vilões são aqueles que necessariamente não fazem o que manda a legislação vigente, não respeita o que deve ser feito e jamais vão querer o bem do futebol.

Ninguém chega a algum lugar sem os seus méritos. Já pensou se tivéssemos que chamar um narrador esportivo de fora porque aqui não temos alguém competente?

Lembre-se disto: é preciso valorar o que temos de bom, no caso dos árbitros, ou sempre seremos uma província futebolística sem pé e cabeça. A cada ano que chamamos árbitros de fora diminuímos o nosso potencial de sermos alagoanos. É preciso entender que só funciona muito bem quando somos capazes de reconhecer os nossos talentos, não importando onde eles estejam. Viva o Campeonato Alagoano 2010!



*É árbitro de futebol, consultor técnico, escritor e professor.


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Simon estuda ingresso na política e diz não ter sucessor no apito

O nome Carlos Eugenio Simon esteve em voga durante 2009. O árbitro apitou decisões, esteve em jogos internacionais, mas, a despeito de seu status de número 1 do país, segue sem desfrutar da condição de unanimidade. Simon atendeu a reportagem do UOL Esporte em seu escritório no centro de Porto Alegre e afirmou que o Brasil não tem nenhum nome na arbitragem capaz de substituí-lo depois da aposentadoria, que deve ocorrer no meio de 2010. "Atualmente, com todo respeito aos outros, ninguém engloba o que faço. Ser um bom árbitro, ter uma conduta firme na sociedade e ajudar a classe. Ninguém está pronto para ser meu sucessor", diz categoricamente.

A Fifa divulga no próximo dia 21 a lista dos árbitros que estarão na copa da África. O nome de Simon estará lá. O próprio juiz afirma "sendo confirmado, paro de apitar na Copa". O futuro ainda está em aberto mas oportunidades não faltam. Amigo íntimo e ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, convidou Simon para concorrer a uma vaga de deputado federal no Rio Grande do Sul. O juiz não deu a resposta final e vê com bons olhos o caminho da política. Outra alternativa é exercer sua faculdade de jornalismo, atuando como comentarista de televisão. "Houve um convite de uma grande emissora, mas vamos com calma. Estou focado nessa possibilidade de ir para a Copa. Quero muito apitar este torneio", comenta.


Caminhando para a terceira Copa seguida, Carlos Simon procura manter uma vida normal. Foi presidente do Sindicato dos Árbitros do Rio Grande do Sul até o final de 2009. Trabalhava em uma sala com vista para o rio Guaíba, com uma mesa a sua frente que apoiava uma foto com o presidente Lula, um computador e seus celulares. Em uma das paredes um mural improvisado ajudava a lembrar amigos e momentos importantes. Simon tem discurso forte. Defende um descanso para Leonardo Gaciba, ex-companheiro do quadro da Fifa, que foi reprovado nos testes físicos; não se sente perseguido por segmentos da imprensa, mas entende que seu nome tem peso a tal ponto de influenciar comentaristas nas análises e afirma que os números comprovam que ele não persegue Rogério Ceni. Acompanhe abaixo a entrevista completa.

UOL Esporte: A terceira Copa do Mundo seguida. Feito histórico, Simon.

Simon: Verdade, estou na história do futebol mundial. Estive no mundial de clubes, em Dubai, e me perguntavam como eu conseguia com 44 anos estar neste momento. Eu sempre me dediquei demais e estou pronto física e psicologicamente.

UOL Esporte: Você se sente perseguido por setores da mídia quando apita lances polêmicos?

Simon: Eu não diria perseguido. Isso é o peso do nome. Carlos Simon todo mundo conhece. Isso dá repercussão. E outra coisa, só vão entrevistar o árbitro quando ele erra. Daí tem 50 na saída do vestiário. Apitou bem, vai embora sem ninguém na volta. Apitei muito bem dois jogos em Dubai e ninguém falou nada. Se eu tivesse me equivocado certamente seria manchete.

UOL Esporte: Você citou o fator psicológico como importante. Pode ser isso que tem prejudicado Leonardo Gaciba, que saiu do quadro da Fifa?

Simon: Tenho um apreço muito grande pelo Gaciba. Ajudei ele demais no início e sei que é um baita árbitro. Infelizmente tem esse problema. Ele entregou o escudo de mão beijada, uma coisa inaceitável. O Gaciba tem que parar e pensar, se preparar bem. Não adianta ficar fazendo testes toda hora, que faça quando estiver realmente pronto.

UOL Esporte: Como você reagiu às declarações do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo?

Simon: Eu não vou me manifestar sobre este caso. Está na Justiça, com o meu advogado. Ele vai ter que provar o que disse. Só posso dizer que todas as vezes que falaram tanto quanto neste caso as provas foram ao meu favor. Imagens de outros ângulos, depoimento de jogadores envolvidos.

UOL Esporte: E aquela frase do Rogério Ceni, depois da expulsão no jogo contra o Santos, que se sente perseguido por você...

Simon: Cada um fala o que bem entende. Eu não me preocupo com o que os outros pensam, acham. Já estou bem maduro neste aspecto. Nesse negócio do Rogério é o seguinte: apitei 45 jogos dele. Expulsei duas vezes (a outra expulsão foi em um jogo do São Paulo contra o Vasco, em São Januário) e dei três amarelos. Isso é perseguição? Deixo essa pergunta no ar para vocês.

UOL Esporte: Você está com 44 anos, quando pretende se aposentar?

Simon: Olha, se meu nome for confirmado, paro na Copa do Mundo. É uma ideia.

UOL Esporte: E o futuro, depois de parar. Segue no futebol?

Simon: Eu recebi propostas. Para ser candidato a deputado federal, comentarista de televisão. Vamos ver, estou focado na Copa, se meu nome for confirmado, claro.

UOL Esporte: Esse convite da política foi feito pelo PT?

Simon: Sim, pelo meu grande amigo e companheiro Olívio Dutra. Fomos colegas sindicais há muito tempo. Mas vamos com calma.

UOL Esporte: Bom, se aposentando, quem seria seu sucessor?

Simon: Olha, atualmente, com todo respeito aos outros, ninguém engloba o que eu faço. Ser bom árbitro, ser firme na sociedade e ajudar a classe. Ninguém está pronto para ser meu sucessor. Dentro de campo tem alguns. O Gaciba é um deles.


Jeremias Wernek
Em Porto Alegre (RS)

Fonte: UOL (04/01/10)