Visualizações de página

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Posso ser sincero?




A arbitragem do Norte e do Nordeste não é saco de pancada!


            A cada dia me convenço que há pessoas tentando diminuir o trabalho dos árbitros e dos assistentes do Norte e Nordeste, fazendo crer que são fracos, têm uma formação ruim e só servem para jogos de pequeno porte. Não concordo com certas pessoas criticarem com veemência os nossos profissionais.
            Durante a história da arbitragem brasileira, sempre houve uma discriminação e preconceito em relação à atuação em jogos que são televisionados em rede nacional destes árbitros e assistentes que vêm do Norte e Nordeste. E quando um árbitro da região Sul e Sudeste erra, diminui a forma como se critica, isso é lamentável!
            Dizer que é por não ter uma formação boa, não saber comandar grandes jogos e não se tem postura, é uma grande mentira. Primeiro, há muitos anos se vem fazendo diferente na formação dos árbitros, pessoas mais qualificados estão dentro destes cursos como instrutores. Segundo, há inteligência e conhecimento em todos os lugares do nosso país. E terceiro, mudou-se a forma de preparação, com muita pré-temporada, simulações de lances, técnicas e colocação em campo.
            Neste final de semana, tivemos vários sites, canais e rádios falarem que o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, FIFA-AL, teve uma atuação ruim na partida entre Bahia e Flamengo. Vejamos, o lance da expulsão do jogador do Flamengo foi para mim correto, já que impediu que continuasse a jogada, como já tinha o cartão amarelo recebeu o segundo. Na marcação do pênalti em favor do Flamengo, devemos observar onde estava o árbitro, naquela posição qualquer árbitro marcaria infração, ou seja, pênalti. Querer dizer que não foi só por causa dos ângulos que a televisão mostrou, isso é uma piada.
            Outra coisa que sucedeu foi a atuação do assistente Otávio Correia, CBF-AL, na partida anterior disseram nos comentários que foi péssimo e errava em lances infantis, já na partida deste domingo, apenas foi regular. Na verdade teve uma grande atuação, mas por que não disseram isso?
            Até quando uma parte da imprensa, dos comentaristas de arbitragem e outros do ramo vão aprender a analisar os lances de forma imparcial? E afirmam que os árbitros destas regiões só chegam aos quadros mais elevados por questão política e não por meritocracia. Então, os árbitros do Sul e do Sudeste não sobem por questões políticas? É uma pena certas opiniões tentarem denegrir a imagem dos árbitros do Norte e do Nordeste, como se fossem péssimos, com má formação, não têm critérios para aplicar durante os jogos e nem sabem falar em público. Tudo isso não verdade.
            Só para algumas pessoas refletirem de certas opiniões, tivemos em um tempo próximo três grandes árbitros na FIFA: Sidrack Marinho-SE, Dacildo Mourão-CE e Wilson de Souza-PE, com atuações excelentes em jogos decisivos. E outros como assistentes: José Elias Guedes-AL, Milton Otaviano-RN, Eduardo Menezes-PB, Erich Bandeira-PE, Alessandro Matos-BA, José Melônio-MA. E tantos outros que chegaram a este posto. Infelizmente o Norte não teve ninguém no masculino.
            Antes de vir a criticar quem quer que seja, analise com profundidade e imparcialidade e não venha fazer comparações absurdas dos nossos árbitros e assistentes. Não estou dizendo que não se pode fazer comentários, apenas veja o modo como fazê-lo.

Grande abraço.

Prof. Josinaldo Oliveira

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A minha história na arbitragem

A arbitragem sem rodeios e devaneios 

A minha história na arbitragem.



Comecei a trabalhar na arbitragem quando eu tinha 8 anos de idade e por volta do ano de 1987, já bandeirava jogos amadores de adolescentes e adultos, esses jogos de bairro. Em 1989, tive uma oportunidade e um convite para ir à Federação Alagoana de Desporto, hoje FAF. Conheci todos os árbitros daquela época, várias pessoas muito importantes no cenário estadual e nacional. E não parei de sempre ir à FAF. Cada dia mais trabalhava em jogos como árbitro e como bandeirinha. Foi então, em 1991, que entrei em uma liga de árbitros de Maceió, Chamada: LIFAMA, hoje extinta. E fui convidado para arbitrar jogos em Rio Largo, uma cidade que fica na grande Maceió-Alagoas, e foi na minha carreira a grande prova, pois não era fácil comandar jogos lá, principalmente sozinho. Mas passei pelo teste de fogo e lá fiquei por vários anos. Até que fui eleito três vezes o melhor árbitro do campeonato.

Em 1995, entrei para o curso de formação de árbitros da FAF, e no final do ano me formei com outros colegas, ficando em 4º. Lugar do curso, entre os 20. No ano seguinte, o meu primeiro jogo profissional foi entre CRB X ZUMBI, no estádio Rei Pelé, quando tinha 18 anos. E aí não parei de trabalhar em jogos. Em 1998, fui eleito o melhor árbitro amador pela imprensa.

Virei instrutor, estudioso de regras de futebol, consultor e também exemplo de redação de súmulas. Em 2000, lancei o livro intitulado “A radiografia da arbitragem”, com a cobertura de vários órgãos da imprensa. E fui o autor da “ Oração do árbitro”.

Em 2003, tive que sair da FAF por não concordar com certos critérios de ascensão dos profissionais, naquela época poucos cresciam com meritocracia e muitos árbitros competentes eram deixados de lado por quem comandava a CEAF. Como não via forma de crescer honestamente, tive que pedir minha saída da FAF. Para mim foi muito difícil, sair aos 25 anos. Preferi continuar com o meu curso superior em Letras (português-Espanhol). Só parei de apitar jogos depois, em 2005. Passei um tempo longe da arbitragem, só voltando em 2008, para escrever e comentar jogos. Já escrevi por vários anos para a revista portuguesa “O Árbitro”, e hoje escrevo para o meu blog.

Sou formado em Letras (Português-Espanhol) pela UFAL, Especialização em LEM-Espanhol pelo CESMAC. Fui professor substituto na Universidade Estadual de Alagoas por 4 anos. Atualmente coordeno o Curso de Radialismo e TV pelo SINDRÁDIO Alagoas, e sou professor efetivo da Universidade Estadual do Piauí. Como também presidente da Associação de Professores de Espanhol do Estado de Alagoas. A minha vida agora é está entre Alagoas e Piauí.

É uma grande satisfação ser convidado para fazer parte da família VOZDOAPITO, onde poderei desempenhar sem censura e democraticamente, um trabalho que poderá servir para abrir a mente dos árbitros, assistentes, dirigentes de futebol, torcedores, etc.


Grande abraço
Prof. Josinaldo Oliveira