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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Até agora não sabemos qual é o critério utilizado pela CONAF para escalar os árbitros e os assistentes, como também a permanência nos quadros da RENAF

Quem não tem uma metodologia sustentada acaba fracassando na sua caminhada

Vejo que quando se assume um determinado cargo deve ser feito logo de cara um planejamento para desenvolver o seu trabalho. Nele há de ter uma metodologia forte e capaz para que todos aqueles que fazem parte do sistema saibam como e qual será a maneira de ser avaliado, escalado e mudado de nível.


Só que até agora nem foi visto como está sendo feito na prática e nem na teoria. Há árbitros e assistentes que são escalados para os jogos e antes de trabalharem já são escalados para outras partidas. O risco é muito grande tanto na parte física como na parte psicológica. Há o risco de ele errar feio na partida e continuar no mesmo erro. É falta de árbitros e assistentes? O que se justifica isso? Será apenas apadrinhamento? Ou meritocracia?



Não dá para entender nesta comissão como lhes falta uma transparência tão grande nas escalas dos agentes da arbitragem. Os estados que mais atuam em todas as séries são SP, RJ, MG, PR, SC, RS e GO. E para os outros estados restam alguns jogos para dizer que foram escalados. Antes os árbitros apitaram jogos em outras regiões, mas agora os do Norte e Nordeste vão para alguns jogos e só. Ou é regionalista ou é apadrinhamento?



Outra coisa que está intrigando todos os árbitros, os sites, os comentaristas de arbitragem e a imprensa é o fato de como permanecer nos quadros da RENAF. Imaginemos um árbitro que adentrou este ano para o quadro da FIFA, ele precisará de um tempo para se acostumar, adequar-se às normas de exigências internacionais, a comandar jogos de maior peso. Como podemos em um ano avaliá-lo corretamente e de forma mais adequada? Será preciso analisar o processo, as ações e como desempenhou as suas funções em determinado tempo.



Entra-se em um ano e sai no outro, então para que serve o tempo? Para que serve a sua entrada? Apenas para justificar que teve a sua oportunidade? Não. O quadro da FIFA não e a casa da mãe Joana e muito menos a casa da bagunça, principalmente na arbitragem. Se fosse assim deveria todo aquele que erra, e erra sempre deverá cair de quadro. Se há vaga, dá-se a quem está em plenas condições para exercê-la, use a meritocracia. E não a troca de favores.



Um árbitro ou assistente que erra deveria se afastado, mas dada outra oportunidade. O que acontece na prática é rebaixar uma ou duas categorias dos árbitros sem critério algum. Quando um árbitro erra e é do grupo deles não faz a mesma coisa. E é muito fácil comprovar isto. Basta verificar os erros daqueles que são integrantes do grupo, não são rebaixados de nível!



Gostei da entrevista que site VOZ DO APITO fez com o presidente. Foi uma matéria maravilhosa e que mostra qual será a direção da nova gestão da comissão de arbitragem. Parabéns pela brilhante divulgação. Tirando isto, é de se preocupar! Vejamos o porquê disto. Como sei muito bem analisar o discurso de quem fala ou escreve vai aí o meu ponto de vista sobre o discurso do comandante. Usará da política do estado mais forte, terá vez, voz e muitas escalas. Terá até vagas nos quadros mais fortes da RENAF, como também da FIFA. Não vejo como uma comissão que dará muitas oportunidades para os demais árbitros e assistentes. Darão apenas migalhas aos estados menos representativos na visão deles.



A única coisa que deixo de bom nesta nova fase da arbitragem brasileira é que Deus ilumine aos árbitros e aos assistentes dos estados tidos fracos. Dê-lhes forças para não desistir nesta caminhada mesmo que venha o período de escuridão!



Uma palavra amiga de quem não quer ver a desgraça na arbitragem brasileira.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O NOVO COMANDO DA ARBITRAGEM BRASILEIRA COMEÇA MAL E TRAZ DE VOLTA A VELHA POLÍTICA DO “CAFÉ-COM-LEITE”


A arbitragem nacional desde 1992 até hoje houve altos e baixos, não ficariam de fora os comandantes da Conaf. Os árbitros das regiões Sul e Sudeste sempre foram os que se beneficiaram das escalas e dos jogos no Brasil e fora. Desde escudos de nível internacional à indicação para as copas do mundo.
            Vejamos as novas peripécias que encontramos mais uma vez, uma comissão de apenas três regiões: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E mal assumiram já começaram a fazer trapalhadas nas suas decisões, rebaixaram árbitros e assistentes para duas categorias inferiores, diminuíram várias escalas de árbitros de outras regiões, principalmente, do Norte e do Nordeste.
            Não me surpreendo ver este tipo de comando que só pensa em seus interesses pessoais e também de seu grupo. Quando inicia um trabalho e já se vê que não terá uma arbitragem realmente brasileira, ou seja, que não teremos várias oportunidades para todos os árbitros de várias regiões com maior frequência.
            Vamos analisar alguns aspectos que fizeram da arbitragem brasileira pertencer a um clã maldoso e que trouxe só prejuízos a todos que fazem parte do futebol, principalmente aos árbitros e aos assistentes. Quando aparece um comandante que inicia um trabalho de valoração e dá oportunidades para todas as regiões, acontece o inesperado: vez um grupo e planta um clima de instabilidade na arbitragem.
Desde Ivens Mendes que abriu espaço para os árbitros do Nordeste, onde tivemos quatro árbitros e seis assistentes (FIFA) e também participaram de grandes jogos no campeonato brasileiro. As regiões que sempre foram beneficiadas começaram a tentar derrubar o presidente e diminuir o poder que detinha e até conseguir tirá-lo do cargo. Veio o Amando Marques e começou a desmantelar os que faziam parte do quadro internacional e voltou o que era antes. Sabem muito bem Dacildo Mourão-CE e José Elias Guedes de Gusmão-AL.
            Aparece outro e oportuniza espaço para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, faz crescer a arbitragem destas regiões e coloca novos árbitros e assistentes no cenário nacional. Mas vem a roda-gigante dos estados influentes e passa o rodo por cima de novo e acaba tirando o espaço antes conquistado.Por que as regiões Norte e Nordeste sempre foram as mais prejudicadas e discriminadas? Todas as comissões de cada estado têm o mesmo peso e voz.
            Até há uma região que sempre foi excluída maciçamente e nunca teve um representante na FIFA no masculino como árbitro e assistente: a região Norte. Dizer que não tem gente competente e capaz é uma grande mentira. O que precisa é respeito e dignidade, ou seja, oportunidade concreta e permanente.
            Veja que adentraram no comando atual e a maior parte das escalas de todas as séries é dada as regiões Sul e Sudeste. Que grande vergonha! Rebaixou os árbitros de outras regiões para justificar a não escalação. Que absurdo, faz com alguns, mas não tem coragem de fazer com os FIFAs, como também os que fazem parte do grupo dessas regiões.
            Ainda querem tirar as vagas que o Nordeste tem no quadro internacional e dos outros quadros, querem colocar os deles, ou seja, das regiões que fazem parte do grupo. Que tanta hipocrisia!
            Alegam que os árbitros das regiões citadas são fracos, não têm força para comandar uma partida, não sabem agir, não têm pulso firme e ainda mais não sabem das regras. É outro contraditório, na maioria dos estados que fazem a pré-temporada os instrutores em maior número vêm das regiões ditas evoluídas. Que são fracos na verdade? São os árbitros e os assistentes dessas regiões ou são os instrutores que foram ministrar? Na verdade são os que preparam, trazem uma técnica errada e ensinam o que não ajuda na prática.
            Até hoje o maior foco de corrupção foi em São Paulo. Foram cúmplices do esquema a CBF, FPF, a ANAF e o Sindafesp. O sr. Edílson Pereira de Carvalho usou de um meio ilícito para ser árbitro de futebol, nada de meritocracia, utilizou um certificado de segundo grau falso, aí foi a gota d´água. Chegou à FIFA e comandou vários jogos importantes. Depois descobriram a artimanha do cujo dito. O lógico era ser banido do futebol como árbitro, mas não foi assim que aconteceu. Trouxe outro diploma e até hoje não se sabe se era verdadeiro ou não, mas deixaram permanecer no quadro internacional. E não deu outra, sujou a arbitragem nacional. Muitos árbitros dessas regiões que têm influência sobem não por meritocracia, e sim por politicagem ou trocas de favores.
            Ainda bem que temos os sites que falam sobre arbitragem nacional, são eles que ajudam a desenvolver o nível em todos os aspectos, elogiam, criticam, denunciam as mazelas nos estados e nos fazem refletir como melhorar o desempenho técnico, profissional, físico e até pessoal dos nossos árbitros e assistentes. Parabéns a todos eles, ficamos felizes nestes tempos encontrarmos gente que ainda quer o bem para arbitragem nacional.
Queridos árbitros das demais regiões, não se iludam com esta comissão, vão dar migalhas em escalas, para enganar os estados menos favorecidos e deixar o melhor para os árbitros do grupo deles. Este filme já é velho. E quando nós acordarmos em berço esplêndido, veremos o quanto fomos deixados para trás. Viva a democratização falsa de um grupo já conhecido e vivido no meio futebolístico. Apadrinhamento não, meritocracia sim!
Fica uma reflexão: só teremos uma arbitragem realmente brasileira e eficaz quando todas as regiões forem tratadas com igualdade e respeitadas pela sua importância. Senão ficaremos na mesma política do café-com-leite, ou seja, as coisas tendem a piorar e pode voltar à corrupção no futebol. Depois não digam que não foram avisados e alertados.