ão se esqueça que é fundamental manter a motivação durante as etapas de
estudo. Chega uma hora que realmente as pessoas acabam ficando
desmotivadas, principalmente quando se deixa de ter algumas atividades
de lazer para estudar, mas é importante que as pessoas tenham sempre em
mente aonde querem chegar e os benefícios que terão ao conseguir a vaga
tão desejada.
Tivemos uma semana cheia de informações nos sites
mais vistos no Brasil. Foi o caso da árbitra assistente de Alagoas,
Maria de Fátima, que tinha tirado 4,5 numa prova escrita. Disseram que
foi uma vergonha isso e que precisava estudar mais. Bem, vejo de outra
forma e neste momento é necessário refletir sobre as coisas. Sou
professor e sei o quanto temos que analisar o processo e não só o
resultado.
Creio que ela não estava num dia ótimo, mas acabou
realizando a prova e não conseguiu o resultado esperando, que era nota
7,0. Quando falaram que era uma vergonha um profissional não chegar nem
no mínimo eles tinham razão em parte.
Quem quer chegar ao quadro
da FIFA precisará em tese saber as 17 regras, falar e escrever muito bem
o nosso português, ter fluência no espanhol e quem sabe no inglês se
quiser trabalhar nos jogos mais longes, e acima de tudo ter carisma.
E quais são as causas deste desempenho ruim? É fácil dizer e
compreender o fato. Vamos voltar ao processo. No meio educacional e
profissional temos 3 passos de verificar a avaliação: a diagnóstica, a
somativa e a formativa. Primeiro, temos que averiguar quem são as
pessoas e o que elas têm de qualidades e deficiências. Segundo, depois
vamos ver os resultados e por último decidir qual será o caminho para
intervir nos problemas encontrados e como resolver estas pendências.
Só que na arbitragem não é assim. Apenas fazem uma prova teórica, têm o
resultado e param por aí. No entanto, deixaram o principal de fora: a
formativa. Não buscam soluções para resolver o problema: a falta de
conhecimento por parte dos árbitros e assistentes. Sem contar as
péssimas redações de súmulas que são lidas e enviadas para a CBF e o
STJD.
Um exemplo foi o de Alagoas. Em 2007, o presidente da CEAF,
Hércules Martins entrou para comandar a arbitragem alagoana e instituiu a
prova teórica. Era um resquício da gestão do ex-presidente, Sebastião
Canuto da Hora. São ações importantíssimas, mas em 2009 foi extinta. Só
voltou em 2011, por causa do radialista e blogueiro Paulo Lira,
conhecido no Apito Nacional como “El Gordo”. Ele, o radialista, sempre
cobrava da comissão isso. E de tanto cobrar acabou voltado. Ainda bem
que o Hércules de forma democrática voltou a realizar o teste.
Infelizmente na maioria dos estados brasileiros nem isso faz e ainda
fica achando ótimo só comandar os jogos e pronto. Depois vêm os grandes
problemas na arbitragem: decisões erradas por causa do desconhecimento
das regras.
Quem não estuda com eficiência acaba passando vergonha,
mas servirá como lição e reflexão. Viva os meios de comunicação e os
que divulgam.
Como disse o deputado federal Tiririca: Pior não pode ficar!
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