Escrito por *Prof. Don Josinaldo (19/03/12)
Este ano vi uma situação difícil e discriminatória na arbitragem brasileira, principalmente na alagoana. Como podemos querer crescer em termos de evolução quando não há consciência e respeito para com o árbitro que completou 45 anos de idade e não de profissão.
Vejamos uma coisa que ocorre normalmente nas universidades públicas, quando um professor se aposenta ou é jubilado, isso ocorre ao completar 70 anos, mesmo que ele esteja fora das atividades gerais como era de praxe, é chamado a continuar com os grupos de pesquisa para ajudar aos mais novos como é a forma de trabalhar, é como se tivesse na ativa, mas com restrições, devido às questões físicas e não intelectuais ou ainda pela idade.
No entanto, na arbitragem é muito bem diferente, por isso continua com a mentalidade retrógada, pensa que é só renovar e se esquece da experiência desses profissionais que deram, dão e ainda têm a dar muito para o futebol em campo.
Eu ouvi alguns árbitros, isso inclui também os assistentes, dizer que quem completou a idade deveria sair e se aposentar, porque está tomando a vaga de alguém. Essa vaga tem dono? Não. Pertence a quem tem condição, ou seja, a quem a conquistou por meritocracia, e não por meio de favores.
Casos como José Elias Guedes de Gusmão, José Elias Filho e tantos outros poderiam, caso quisesse, continuar apitando quem sabe até 50 anos. Não vejo problema nisso, desde que faça sua função corretamente.
Fiquei triste em ver e ouvir gente no seio da arbitragem falar coisas horríveis, de forma insensata e pejorativa. E a vítima desta vez o assistente Fernando Maciel da Silva. No ano passado, ele completou 45 anos de idade e tentaram fazer a sua despedida.
Parabéns ao Sindafal, ao seu presidente Charles Herbert, que solicitou a FAF e CEAF que trabalhasse nos jogos da 2ª. divisão do alagoano.
Neste ano foi convidado pela presidência da FAF a continuar exercendo sua profissão em campo. Mas a CEAF não gostou da forma e tentou impedir que isso ocorresse. Quem venceu foi a presidência da FAF, ela é que tem o poder de decidir, e não a CEAF. Mas demorou a colocá-lo nos jogos. Logo no primeiro, foi trabalhar no interior e teve uma excelente atuação e constatado pelo observador da arbitragem, porém em entrevista o presidente da CEAF disse que ele foi razoável. A nota e a observação do assessor não têm validade?
Discriminar é um ato tão covarde e mesquinho, quem o faz é que merece ficar de fora. São essas coisas que a arbitragem alagoana necessita mudar e ainda não mudou.
Outra coisa, muito assistente que está na FAF e até na CBF não chega aos pés da forma que trabalha o Fernando Maciel. Olhem para o seu trabalho e deixem os mais velhos trabalharem!
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