Quem não tem uma metodologia sustentada acaba fracassando na sua caminhada
Vejo que quando se assume um determinado cargo deve ser feito logo de cara um planejamento para desenvolver o seu trabalho. Nele há de ter uma metodologia forte e capaz para que todos aqueles que fazem parte do sistema saibam como e qual será a maneira de ser avaliado, escalado e mudado de nível.
Só que até agora nem foi visto como está sendo feito na prática e nem na teoria. Há árbitros e assistentes que são escalados para os jogos e antes de trabalharem já são escalados para outras partidas. O risco é muito grande tanto na parte física como na parte psicológica. Há o risco de ele errar feio na partida e continuar no mesmo erro. É falta de árbitros e assistentes? O que se justifica isso? Será apenas apadrinhamento? Ou meritocracia?
Não dá para entender nesta comissão como lhes falta uma transparência tão grande nas escalas dos agentes da arbitragem. Os estados que mais atuam em todas as séries são SP, RJ, MG, PR, SC, RS e GO. E para os outros estados restam alguns jogos para dizer que foram escalados. Antes os árbitros apitaram jogos em outras regiões, mas agora os do Norte e Nordeste vão para alguns jogos e só. Ou é regionalista ou é apadrinhamento?
Outra coisa que está intrigando todos os árbitros, os sites, os comentaristas de arbitragem e a imprensa é o fato de como permanecer nos quadros da RENAF. Imaginemos um árbitro que adentrou este ano para o quadro da FIFA, ele precisará de um tempo para se acostumar, adequar-se às normas de exigências internacionais, a comandar jogos de maior peso. Como podemos em um ano avaliá-lo corretamente e de forma mais adequada? Será preciso analisar o processo, as ações e como desempenhou as suas funções em determinado tempo.
Entra-se em um ano e sai no outro, então para que serve o tempo? Para que serve a sua entrada? Apenas para justificar que teve a sua oportunidade? Não. O quadro da FIFA não e a casa da mãe Joana e muito menos a casa da bagunça, principalmente na arbitragem. Se fosse assim deveria todo aquele que erra, e erra sempre deverá cair de quadro. Se há vaga, dá-se a quem está em plenas condições para exercê-la, use a meritocracia. E não a troca de favores.
Um árbitro ou assistente que erra deveria se afastado, mas dada outra oportunidade. O que acontece na prática é rebaixar uma ou duas categorias dos árbitros sem critério algum. Quando um árbitro erra e é do grupo deles não faz a mesma coisa. E é muito fácil comprovar isto. Basta verificar os erros daqueles que são integrantes do grupo, não são rebaixados de nível!
Gostei da entrevista que site VOZ DO APITO fez com o presidente. Foi uma matéria maravilhosa e que mostra qual será a direção da nova gestão da comissão de arbitragem. Parabéns pela brilhante divulgação. Tirando isto, é de se preocupar! Vejamos o porquê disto. Como sei muito bem analisar o discurso de quem fala ou escreve vai aí o meu ponto de vista sobre o discurso do comandante. Usará da política do estado mais forte, terá vez, voz e muitas escalas. Terá até vagas nos quadros mais fortes da RENAF, como também da FIFA. Não vejo como uma comissão que dará muitas oportunidades para os demais árbitros e assistentes. Darão apenas migalhas aos estados menos representativos na visão deles.
A única coisa que deixo de bom nesta nova fase da arbitragem brasileira é que Deus ilumine aos árbitros e aos assistentes dos estados tidos fracos. Dê-lhes forças para não desistir nesta caminhada mesmo que venha o período de escuridão!
Uma palavra amiga de quem não quer ver a desgraça na arbitragem brasileira.