Os árbitros alagoanos devem se espelhar numa grande pessoa que foi como árbitro e comandante de arbitragem. Refiro-me a Sebastião Laurindo de Lima, conhecido mais carinhosamente como Bastos.
Como árbitro sempre deixou sua marca na história da arbitragem alagoana, sua forma de trabalhar em campo e de lidar com as pessoas. Exemplo de homem digno e honesto, tanto com os colegas de profissão como os seus familiares.
Ele tem uma longa história e um legado para poucos! Hoje Rio Largo deve muito a esse homem, que foi capaz de abrir portas para outras gerações adentrarem no mundo do futebol, principalmente pela arbitragem. Foi um grande líder, comandou a liga local com muita força, trato e igualo como um marechal de ferro, o nome dado a referência ao Marechal Floriano Peixoto, por sua bravura e eficácia em dar uma liberdade para as pessoas.
Como comandante da liga de esportes e também da arbitragem riolarguense, deixou um forte caminho para ascensão de vários árbitros, posso dizer de alto luxo para o futebol alagoano. Tanto o seu campeonato local como a arbitragem cresceram graças a visão futurista do Bastos, que levou para cada um o respeito, a decência e o caráter de desempenhar com muito esforço e fazer a coisa correta.
Foi com ele que cresci como pessoa, como profissional e até como um filho. Trato-o como um segundo pai para mim. Devido aos meus afazeres fiquei sem ir visitá-lo, mas no meu coração sempre esteve um lugar, principalmente um lugar especial e imexível. Tive o prazer de revê-lo no mês de março e saí muito emocionado de lá. Vê-lo foi uma sensação maravilhosa, porque está com saúde e lúcido. Não posso esquecer minhas raízes profissionais e também pessoais, trato como uma viagem a dignidade, a honra e ao respeito a quem sempre abriu as portas para mim.
Como líder sempre buscou levar para os árbitros abertura de crescimento, competência, profissionalismo e ainda mais humildade em saber que precisa melhorar.
Para alguns o viam como ditador, já para outros o viam como esperança, um líder nato e capaz de querer que as pessoas crescessem com compromisso de sempre estar entre os melhores. Para aqueles que não enxergam um horizonte mais alto adiante, é porque não sabem receber ordens e seguir o caminho correto, digno de respeitar a voz da experiência, do conhecimento, da vivência. Para mim ele não foi um ditador, e sim um grande líder que levou esperança de ascensão profissional e pessoal das pessoas. Para mim foi e é um grande homem que deixou o seu legado para mim e para outros tantos.
É uma pena que as pessoas se esquecem desse legado e desse homem, hoje esquecido pelas gerações que ele preparou para a subida, o fez com tanto esmero e dedicação que não merece isso. Merece respeito acima de tudo! Gratidão é só para os nobres e não para a ralé mesquinha que só pensa nas vantagens materiais e não nas amizades.
Fica uma reflexão: quem não sabe ser subordinado, não sabe comandar.